Mano Penalva
Mano Penalva (Salvador, Brasil, 1987), artista visual, trabalha com diferentes linguagens — como escultura, fotografia, instalação, performance, pintura e vídeo. Ao longo dos últimos 15 anos, vem constituindo uma pesquisa poética profundamente baseada na observação da cultura material e do cotidiano urbano, com especial atenção ao tempo e ao fluxo das coisas. É frequentemente inspirado por materiais simples, baratos e de fácil acesso, do papel crepom aos tecidos, passando por diferentes tipos de plásticos, madeiras e couros; e por diversas formas de trabalhos manuais, como marcenaria, tecelagem, cestaria e jardinagem. Suas composições evocam uma estética sensível às mutações da cultura e à plasticidade do cotidiano.
Penalva aborda as relações entre o íntimo e o público, entre a natureza e o urbano, entre o artesanal e o industrial. Em seus trabalhos, propõe outros sentidos estéticos e simbólicos para objetos e materiais do cotidiano, os deslocando, reutilizando e reconfigurando suas relações com o entorno. Há uma dimensão antropológica em seu olhar sobre a maneira como a cultura popular, as dinâmicas do comércio informal e os aspectos próprios dos espaços públicos e domésticos, se moldam de maneira relacional e integrada, modelando uns aos outros e encontrando reflexos na subjetividade e na coletividade.
Formado em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2008) e com formação artística complementar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (2005–2011). Penalva idealizou o Massapê Projetos, uma plataforma de arte independente gerida por artistas em São Paulo. Nos últimos anos, tem participado de residências artísticas e exposições coletivas no Brasil e no exterior, apresentando seu trabalho também em uma série de exposições individuais.
Obras de Mano Penalva integram importantes coleções públicas e privadas no Brasil e no exterior, entre elas: CIFO – Cisneros Fontanals Art Foundation (Miami, EUA); Frédéric de Goldschmidt Collection e GALILA’S P.O.C. (Bruxelas, Bélgica); SOHO House (São Paulo, Brasil); Fundação Casa Wabi (Oaxaca, México); PAT Art Lab (Augsburg, Alemanha); Museu Oscar Niemeyer – MON (Curitiba, Brasil); Museu Nacional/UFRJ (Rio de Janeiro, Brasil); Museu de Arte do Rio – MAR (Rio de Janeiro, Brasil); Museu de Arte Contemporânea do Paraná – MAC-PR (Brasil); Museu de Arte de Ribeirão Preto – MARP (Brasil); Museu de Artes Plásticas de Anápolis – MAPA (Brasil); e o Acervo da Laje (Salvador, Brasil).
ler mais >
Pandeiros, da série Ventana, 2024
ripas de madeira, faixa de nylon, tinta esmalte e chassi
68 x 200 x 5 cm
Ensaio para triângulo, da série Ventana, 2024
ripas de madeira, faixa de nylon, tinta esmalte e chassi
98 x 190 x 5 cm
Beleba, da série Ventana, 2024
ripas de madeira, faixa de nylon, tinta esmalte, esfera imantada e chassi
80 x 90 x 6 cm
Bisel V: como arredondar quinas, 2023
miçangas de madeira, argolas de metal, fitilho, fio de aço e pregos
230 x 160 x 110 cm
Beiral Bindrune, 2023
miçangas de madeira, fio de aço, fitilho, paninhos de tricot, chumbada, tinta acrílica, lona e chassi
236 x 100 x 11 cm
Sem Título (Série Ventana), 2023
madeira, tinta esmalte, pasta metálica, prego e chassi
42 x 42 x 6,5 cm
Sem título, série Ventana, 2022
madeira, tinta acrílica, grampo, lona de nylon e chassi
42 x 40 x 6 cm
Sem título - Série Origem, 2016
lona, juta, ráfia, nylon, elástico e plástico refletivo
160 x 120 cm
Jardineira - Série Ventana, 2021
muxarabi, palhinha, tinta acrílica, peneira, ripa de madeira e chassi
102 x 81 x 15 cm
Casa Geminada - Série Ventana, 2021
muxarabi, peneira, faixa de nylon, tinta acrílica, ripa de madeira e chassi
123 x 90 x 15 cm