Mostra Inaugural
29/06/2011
Curitiba -
Artistas: Bruno Vieira, Cassio Vasconcellos, Claudio Edinger, Gilvan Nunes, Gustavo Speridião, João Machado, Juliana Stein, Paolo Ridolfi, Paulo Pasta, Rafael Alonso, Tiago Tebet
No começo dos anos 60, simultaneamente ao que ocorria nos estados Unidos e na Europa, surgiram as primeiras manifestações da arte contemporânea brasileira. Ao longo dos últimos 45 anos nossa produção visual configurou uma rede inteligível de obras e de ações contemporâneas que poderiam ser inscritas e, em alguns casos, já se inscrevem, no debate internacional. Entretanto essas transformações não são um fenômeno restrito à esfera das artes. Elas se manifestam, hoje, em todas as áreas da produção, do pensamento e do comportamento humano.A arte estético-contemplativa, cuja origem remontava à Renascença, vem perdendo terreno para novas formas de apreensão, mais ético-políticas, menos artísticas, mas certamente mais próximas da vida e da sensibilidade da vida atual.Ainda assim o uso de meios legados pela arte do passado como a pintura e o desenho, renovados, continuam à disposição dos artistas, junto às novas mídias.A fotografia, o vídeo e o filme em película, que antes pertenciam a campos correlatos, mas separados das artes plásticas, passaram a ser utilizados pelos artistas contemporâneos, embora de modo diverso daquele consagrado em seus campos de origem. Sem falar do transbordamento para espaços e suportes antes não reconhecíveis como pertencentes às artes.SIM, contudo, apresenta em sua mostra inaugural obras contemporâneas, produzidas basicamente a partir da pintura - Delson Uchoa (AL), Gustavo Speridião,( RJ), Gonçalo Ivo (RJ), Kboco (SP), Paolo Ridolfi (PR), Paulo Pasta (SP), Rafael Alonso (RJ) e Tiago Tebet (SP) e da fotografia - Cássio Vasconcellos (SP) , Claudio Edinger (SP) e Juliana Stein (PR). Integram também a exposição trabalhos de artistas que habitualmente lançam mão de diferentes meios técnicos, tais como Bruno Vieira (PE) e suas paisagens sobre persianas, Eliane Prolik (PR), com obras da série deformicas, Gilvan Nunes (RJ), com desenhos digitais e porcelanas, João Machado (RJ), com recortes sobre livros, além de uma colagem de Leda Catunda (SP).
Fernando Cocchiarale, RJ, 2011.