Semiconductor - Ruth Jarman | Joe Gerhardt

20 HZ | Canal HD + HD 3D único. 2011

LT 198 - LT 291 - da série Campo Sfumato - Odires Mlászho

Pigmento mineral, inkjet sobre papel algodão Awagami Kozo Grosso Branco 110g, ed 1/3 + P.A. 120 x 82 cm. 2013

LT 76 - LT 249 - da série Campo Sfumato - Odires Mlászho

Pigmento mineral, inkjet sobre papel algodão Awagami Kozo Grosso Branco 110g, ed 1/3 + P.A. 120 x 82 cm. 2013

Un Coup de Dés - Nuno Ramos

Vidro com impressão à ácido e caixa de acrílico. 28 x 19 x 3 cm. 2002

Magalhães - Nuno Ramos

Vidro com impressão à ácido e caixa de acrílico. 22,5 x 27,5 x 0,7 cm. 2002

Pintura Catalítica - Miguel Palma

Alumínio, ferro e acrílico. 117 x 130 x 16 cm. 2007

Hipermetrópico - Luiz Zerbini

Acrílica sobre tela. 220 x 180 cm. 2014

O Novo Monumento - Luiz Roque

Filme 16mm transferido para vídeo. 5'30''. 2013

Silber M.2c (Porsche) - Katinka Pischeur

Pintura automotiva sobre tela. 130 x 190 cm. 2013

Asynchronous III - Jules Spinatsch

Impressão a cores cromogênica. 378 x 253 cm. 2013

Viver até o instante seguinte - Ivan Grilo

Carimbo sobre papel. Dimensões variáveis (aprox. 200 x 450 cm)

1945 - 1998 - Isao Hashimoto

Instalação multimídia. 100 x 400 cm. 2003

Platinal V - da série História do Enigma - Eduardo Kac

Impressão lambda em diasec. ed 2/3. 42 x 42 cm. 2009

Platinal IV - da série História do Enigma - Eduardo Kac

Impressão lambda em diasec. ed 2/3. 42 x 42 cm. 2009

Platinal II - da série História do Enigma - Eduardo Kac

Impressão lambda em diasec. ed 2/3. 42 x 42 cm. 2009

Platinal I - da série História do Enigma - Eduardo Kac

Impressão lambda em diasec. ed 2/3. 42 x 42 cm. 2009

Tempo perfeito (8x3) - Darren Almond

Vinte e quatro relógios digitais de parede, aço, vinil, sistema de controle eletrônico computadorizado e componentes eletromecânicos. 119 x 90 x 15 cm

Escala 1: 3 600 000 - Carmela Gross

Impressão digital sobre papel. 29,7 x 21 cm. 1979/2010

Escala 1: 3 000 000 - Carmela Gross

Impressão digital sobre papel. 29,7 x 21 cm. 1979/2010

Vertigo

13/03/2014

Curitiba -

 

Artistas: Carmela Gross, Darren Almond, Eduardo Kac, Isao Hashimoto, Ivan Grilo, Joe Gerhardt, Jules Spinatsch, Katinka Pilscheur, Luiz Roque, Luiz Zerbini, Miguel Palma, Nuno Ramos, Odires Mlászho, Ruth Amaral

 

Vertigo

A vertigem é sintoma de descompasso. Ocorre em curto circuito perceptivo quando, por exemplo, o feedback dos dados processados pelo cérebro diverge das sensações experimentadas pelos sentidos que orientam o corpo no espaço. O indivíduo, mareado, sente como se tudo ao seu redor estivesse a ponto de dissolver; a matéria, então, menos sólida parece ondular em um universo elástico.

No âmbito estético, a vertigem é frequentemente associada a situações em que representações ambíguas desafiam a interpretação do olhar. Imagens em que a reversibilidade entre figura e fundo pulsa, alternadamente, disputando a atenção em primeiro plano. Vertigo busca ampliar esta abordagem sugerindo também alegorias de ordem psicológica ou social  para além da dinâmica fisiológica.

Testemunhamos uma era em que a humanidade está mergulhada no oceano polifônico de informações partilhadas em rede. A conexão com esta teia coletiva insere percepções de outros tempos e espaços no seio da vivência do agora.

Há tanto para ver, tanto para saber, tanto para digerir... 

Tudo, ao mesmo tempo, dilatado por um caleidoscópio de possibilidades.

O vasto mosaico de expressões singulares é consequência da popularização dos meios técnicos que facilitam o acesso à representação. Após séculos em que somente a voz da elite ecoou no imaginário coletivo, finalmente a evolução tecnológica possibilitou aos demais indivíduos a chance de inscrever suas histórias pessoais na crônica social. 

Por outro lado, a multiplicação excessiva de pontos de vista circulando indiscriminadamente pode nublar o discernimento subjetivo. O redemoinho de opiniões heterogêneas tem efeitos atordoantes; o acúmulo de diversas referências tende a se tornar indigesto. Paul Valéry alertou, ainda em 1923: “O ouvido não suportaria dez orquestras juntas. O espírito não pode seguir muitas operações distintas, não há raciocínios simultâneos”. 

O elenco de obras que compõem Vertigo não foi elaborado sob a obrigatoriedade de justificar a coerência do conjunto. Ao contrário, sua seleção é identificada pela noção de enumeração disjuntiva, pela qualidade da lista poética – aquela que não pretende representar integralmente a totalidade, mas sugere um horizonte de eventos abertos às associações flexíveis. Esse conjunto exprime o senso de fragmentação e a complexidade de uma sequência de impressões sem conexões rigorosas. 

Há desde obras onde a ambiguidade visual incita jogos óticos vertiginosos, até proposições que tensionam os limites da representação, exibindo-a em escala análoga ao espaço físico real (trompe l’oeil). Há também um objeto feito com assemblage de relógios digitais cujos algarismos estão partidos ao meio, quebrando a linearidade da progressão temporal. /Retratos constituídos por milhares de números carimbados, marcando a quantidade de gestos necessários para traçar a figura. /Uma instalação que contabiliza quantas vezes a ganância de certos grupos humanos levou à eclosão de bombas atômicas. /Fotografias de flores transgênicas que contém o DNA do artista que as cultivou. /Gravações de sons captados acima da atmosfera terrestre decodificados em imagens gráficas. /Pintura feita por meio da retenção de gases tóxicos expelidos por um carro. /Cartografias celestes, mapeadas tanto a partir do polo norte quanto do polo sul, sobrepostas em lâminas transparentes, unindo paradoxalmente dimensões opostas no mesmo plano. /Desenhos que apresentam uma notação de escala em uma folha em branco dando margem à projeção mental de um espaço imaginado. /Um filme que mostra o simulacro de uma obra de arte reconhecida transportada a um contexto insólito. /.../

O micro universo desta exposição propõe uma narrativa aberta e não linear,  articulada em linguagem visual.  Orquestra experiências díspares, contrapondo proposições de natureza totalmente diversa. Alude à alguma coisa imensa,  impossível de ser totalmente conhecida. Faz analogia à convivência cotidiana com pluralidades cada vez mais abundantes e o consequente sentimento de angústia vertiginosa gerado pela incapacidade de apreender o todo. Apoiado em breves epifanias estonteantes, o tema de Vertigo remete à perda de escala, à desorientação e ao gosto pelo excesso, tão característicos dos tempos turbulentos deste barroquismo tecnológico em que hoje vivemos.

Denise Gadelha

         

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