Diambe (Rio de Janeiro, 1993) é artista, pessoa negra e não binária que vive em São Paulo. Graduou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com a Université Sorbonne Nouvelle e obteve mestrado em Artes da Cena na UFRJ. Seu corpo de trabalho é marcado pelo uso de matérias vivas, sendo recorrente o recurso de tecidos, raízes alimentares amefricanas, gravuras e coreografias que relacionam arquiteturas com movimentos espontâneos em elaborações plurais.
Sua prática expande as noções de coreografia e escultura, desdobrando em instalações que também incorporam pinturas, filmes, têxteis e performances. Diambe explora possibilidades fabulativas de novos seres, elevando aspectos estéticos e ornamentais da natureza. Trata da materialidade ao lidar com o bronze e com formas reconhecíveis de povos diaspóricos, agora em novos arranjos, mimetizando outros seres ou criando novos integrantes de seu ambiente fabulado. Com esse processo criativo, são apresentadas criaturas que habitam uma natureza poderosa e autônoma, cujo poder sobrepuje o do ser humano e escape de uma ilusória situação de dominação. Atualmente se debruça em pesquisa sobre a transformação da paisagem, a diáspora alimentar e os arquivos antropológicos.
Dentre suas exposições individuais, destacam-se: “Sensação Térmica”, Simões de Assis, São Paulo (2024); “Movement (ir e vir)”, AZB (Pro Helvetia Stipend), Zurique (2023); “Jardim Novas Mucosas”, Quadra, São Paulo (2022); “Ampla curva de coisa viva”, Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo (2021); e “Cartões de revisita” com Tadáskía, Despina, Rio de Janeiro (2019). Dentre as exposições coletivas que participou, destacam-se: “Dos Brasis”, SESC Belenzinho, São Paulo (2022); “Ensaios para o Museu das Origens”, Instituto Itaú Cultural, São Paulo (2023); “Video-muro”, Isla Flotante, Buenos Aires (2023); “Histórias Brasileiras”, Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo (2022); “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”, Museu de Arte do Rio (MAR), SESC São José do Rio Preto, SESC Sorocaba, Instituto Moreira Salles (2023); “Imagens que não se conformam”, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro (2020); “Casa Carioca”, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro (MAR), Rio de Janeiro (2020); “Engraved into the body”, Tanya Bonakdar Gallery, Nova York (2020); “Esqueleto”, Paço Imperial, Rio de Janeiro (2019); e “Estopim e Segredo”, Escola de Artes Visuais Parque Lage, Rio de Janeiro (2019). Participou das residências artísticas AZB, ProHelvetia Stipend, Zurique (2023); Pivô Satélite, São Paulo (2021); Capacete + Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro (2020); RCT, Rio de Janeiro (2019); e Despina, Rio de Janeiro (2018). Seu trabalho integra coleções de importantes instituições artísticas no Brasil, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), a Pinacoteca de São Paulo, o Museu de Arte do Rio (MAR), entre outras.
ler mais >