Alfredo Volpi
Alfredo Volpi (Lucca, Itália 1896 - São Paulo, São Paulo, 1988). Pintor, muda-se com os pais para São Paulo em 1897. Na década de 1930 passa a fazer parte do Grupo Santa Helena com outros artistas – como Mário Zanini e Francisco Rebolo, entre outros – associação de artistas fundamental para a consolidação da arte moderna em São Paulo nos decênios de 1930 e 1940.
Sua produção inicial é figurativa, destacando-se marinhas executadas em Itanhaém, São Paulo. Passa a executar, a partir da década de 1950, composições que gradativamente caminham para a abstração. Nesse período, o caráter construtivo de sua pintura se afirma entre os planos das fachadas, telhados e paisagem. Da série das fachadas surgem as bandeirinhas de festa junina, que, mais que um motivo popular, se tornam elementos compositivos autônomos. Participa, em 1957, da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, mas nunca se prende ao rigor formal do movimento.
Nos anos 1960 e 1970 suas composições de bandeirinhas são intercaladas por mastros com grande variação de cores e ritmo. A técnica da têmpera lhe permite renunciar à impessoalidade do uso de tintas industriais e do trabalho automatizado e mecânico do qual os artistas concretistas se aproximam. A prática artesanal torna-se, para Volpi, uma resistência à automatização e, simultaneamente, afirmação de seu lirismo ao invés de reiteração ingênua do gesto.
Recebe, em 1953, o prêmio de Melhor Pintor Nacional da Bienal Internacional de São Paulo, dividido com Di Cavalcanti; em 1958, o Prêmio Guggenheim; em 1962 e 1966, o de melhor pintor brasileiro pela crítica de arte do Rio de Janeiro, entre outros.
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